[Resenha Tripla] Trilogia The 100 by Kass Morgan




Gênero: Distopia 
Autora: Kass Morgan 
Editora: Galera Record
Título: The 100 - Os Escolhidos (5 estrelas + favorito) | Dia 21 (4 estrelas)| De Volta (3,5 estrelas)
Extra: Você pode conferir minhas resenhas completas lá no blog Livros & Fxicos onde sou colunista!

A trilogia The 100 foi escrita pela autora americana Kass Morgan, e desde o seu lançamento lá fora ela me chamou a atenção, logo eu não via a hora de poder conferir os livros e matar a curiosidade, principalmente após o lançamento da série de TV de mesmo nome. Nesta história conhecemos uma parcela da população que vive há séculos em uma nave espacial, apenas observando a Terra de longe. Eles vivem ali esperando o momento certo de voltar à Terra, que após uma guerra nuclear e grandes catástrofes naturais tornou-se inabitável, exilando-os ao espaço e dizimando aqueles que ficaram para trás. Na nave, que foi chamada de Colônia, os recursos necessários para a sobrevivência estão começando a acabar, por este motivo decidem enviar a Terra 100 jovens, que foram autuados e presos por cometerem infrações dentro da nave, para testar se é possível viver nela novamente, ou se a radiação fará mal a segurança das pessoas.

Dentre os 100 está Clarke, uma garota inteligente que estava estudando para tornar-se médica e namorava o filho do Chanceler da nave; temos Wells, o filho do chanceler e menino prodígio da Colônia, Bellamy; que nem estava entre os cem escolhidos, porém arma uma confusão e embarca na nave por um motivo muito nobre em minha opinião, dando a chance de Glass escapar no último minuto do módulo de transporte e ficar na nave para acertar as contas que deixou para trás, ao mesmo tempo que nos permite ter uma visão do que acontece na nave.


"Não podemos permitir que nossos sentimentos nos impeçam de cumprir nosso dever."

E esta é a premissa que nos é apresentada para o início da história. No primeiro volume, Os 100, acompanhamos o envio destes jovens à Terra, sua chegada e os problemas que lá irão encontrar, assim como a dificuldade para adaptarem-se a uma nova condição de vida, às dificuldades que encontram em achar comida, água e abrigo e a aprender a confiar um no outro para protegerem-se e criarem um meio de sobreviver juntos. Conflitos são gerados, principalmente com Wells, pois como filho do chanceler ele tem treinamento e espírito de liderança e isso começa a gerar intrigas entre aqueles que não aceitam seguir suas sugestões; temos o conflito entre Clarke e Wells que ficara mal resolvido e para piorar a equação entra Bellamy, com seu espírito rebelde de ir contra as regras.

Já no volume dois, Dia 21, encontramos os cem (ou o que restou deles) aprendendo a conviver com as dificuldades encontradas na Terra, em um acampamento improvisado eles vivem um ajudando o outro, driblando os conflitos que ainda surgem, mas aprendendo a manter-se. Aqui descobrimos que existem pessoas habitando a Terra, o que acreditavam ser impossível, entretanto pessoas sobreviveram ao chamado Cataclisma e estão tentando reconstruir sus vidas após toda a devastação que acontecera no passado. Os cem estão há 21 dias na Terra e sua preocupação volta-se então para a questão de: Podemos confiar nos terráqueos ou não?! Começam então a sofrer ataques que não sabem de onde vêm, o medo e a dúvida começa a infiltrar-se em seu meio ao mesmo tempo em que alguns jovens começam a passar mal, numa espécie de reação que pode ser provocada pela radiação que ainda há na Terra.

Enquanto isso na nave acompanhamos Glass em sua luta pela sobrevivência, de Luke e de sua mãe, na nave a situação está cada segundo pior, pois os recursos para a sobrevivência das pessoas está acabando rapidamente e, às pressas, serão enviados os últimos módulos de transporte para a Terra, mas nestes módulos não caberão todos, então eles lutam por um lugar para si, para salvar a sua vida e dos mais próximos, mesmo que não saibam o que irão de fato encontrar na Terra.

E por fim chegamos ao aguardado terceiro, e último volume, De Volta. Neste terceiro livro os módulos de transporte da nave chegam a Terra de forma catastrófica, deixando caos, perdas e luto _ seja por aqueles que não sobrevivem a drástica aterrissagem ou por aqueles que deixaram para trás e tem a certeza de que nunca mais irão rever _ e trazendo mais uma vez para os cem medo e insegurança, pois eles já haviam desenvolvido uma rotina e organização social, agora com os colonos na Terra também esta hierarquia e organização está ameaçada, principalmente porque o Vice-Chanceler Rhodes desembarcou junto com os colonos.


Rhodes é um personagem vil e cruel, tem sede de poder e usará de todas as armas para conseguir manter-se no comando, passando por cima daquilo que os cem já haviam construído e não dando ouvidos as sugestões e conselhos que recebe de Wells sobre como viver na Terra pacificamente com os terráqueos, que ainda não sabem que existem. Além disso ele tem contas a acertar com Bellamy, pois nosso querido rebelde, apesar de todas as descobertas ao lado de Wells e Clarke e da ajuda imprescindível que dá no acampamento e aos cem, tem contas a acertar com a ‘justiça’ da Colônia.

Sobre a narrativa da autora eu sempre me derreto em elogios, pois sou arrebatada para dentro do livro de forma muito especial, a história é intercalada entre os pontos de vista de Clarke, Wells, Bellamy e Glass o que nos prende e torna a leitura extremamente fluida, tornando fácil ler um livro em poucas horas. Durante o desenvolvimento da história vários pontos são levantados pela autora e os mistérios atiçam nossa curiosidade nos prendendo ainda mais.

Como um todo a trilogia The 100 é muito boa, traz uma premissa diferente e com muitos arcos a explorar, suas personagens também nos encantam com suas histórias e surpreendem com as atitudes e ao longo dos três livros somos cativados mais e mais, tanto pelas personagens, quanto pela narrativa gostosa e pela história que nos prende. Entretanto ao findar o terceiro livro a autora não conseguiu juntar todas as pontas e nos esclarecer todas as questões, o que de certa forma nos deixa frustrados por ficarmos sem respostas e termos que preencher as lacunas com nossa imaginação. Eu gostei muito da série, e este foi o único ponto negativo para mim, e embora seja algo ruim não consigo não recomendar a série, pois ela me conquistou mesmo assim.

Beijos,
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